domingo, 22 de julho de 2012

BRUTA FLOR

Senhor Juiz de Direito da outrora bucólica Bodas do Sertão,


este agora largado homem, na pia batismal PEDRO nominado, desde os idos de Juno de 2011 sem PÉTALA DE OLIVEIRA, brasileiríssima, bordadeira de mão cheia, vivente hoje em lugar incerto e não sabido, vem dizer-lhe, dolorosamente, DOS FATOS:


1. O primeiro amor passou.
    O segundo amor passou.
    O terceiro amor passou.
    Como os corações continuavam, casamos no Dia de Santo Antônio, 1996 anos após a Grande Epifania. Ela estava linda no decotado vestido branco de cauda longa e, exultantes dentro daquela noite banhada por insistente chuva fina e aromada com inesquecível cheiro de terra molhada, achávamos que seríamos (quanta arrogância!) felizes para sempre...


    2. Não tivemos filhos; não transmitimos a nenhuma criatura o legado  de nossa miséria.
   
   3. Também nunca nos ardeu o desespero de ser dono de nada.


   4O motivo desse vazio, pleno da presença de uma ausência, a razão mesma disso a que os líricos chamam de Saudade? Não há motivo, nem razão. O amor acaba, seu Juiz!
   
   5. E, pensando bem, se acabou, não era amor...
   
   6. Ainda assim, não é porque SEI que ela não voltará que não hei de lhe deixar a porta, eternamente, aberta.  
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PEDRO UMBRA
FEITOR DE FACAS
Rua da Soledade, 11
Cristal Quebrado - PI
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DO DIREITO E DOS PEDIDOS:


Em face do exposto, nos FATOS, pelo constituinte, 


LUÍS SOTERO, causídico (OAB 1635) infra-assinado que representa legalmente o já supraqualificado artesão, consoante mandato anexo, vem, respeitosamente, a V. Exa, com fulcro no CCB, em especial nos arts..., PEDIR, por ser justo e de direito, que... 

Um comentário:

Anônimo disse...

Faltou alguma coisa, depois das reticências...